As chuvas registradas entre 1º e 21 de abril no Centro-Oeste contribuíram para a manutenção da umidade do solo, favorecendo especialmente o cultivo do milho de segunda safra, segundo informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O bom volume de precipitações impactou positivamente as lavouras de milho e algodão na região. Apesar de uma breve restrição hídrica no início do mês, as chuvas retornaram na segunda quinzena, garantindo a recuperação das plantações ainda em estágio vegetativo.

A Conab informou que a média diária de armazenamento de água no solo permaneceu alta na maior parte do Centro-Oeste, exceto em algumas áreas de Goiás e Mato Grosso do Sul, onde a falta de chuvas comprometeu o potencial produtivo de algumas lavouras.

No Sudeste, a situação foi diferente, com escassez de chuvas em pontos importantes dos Estados de São Paulo e Minas Gerais, afetando o desenvolvimento do milho. A reportada média diária de armazenamento hídrico ficou aquém do necessário na maior parte das lavouras no centro e norte de São Paulo, assim como no centro-norte de Minas e algumas partes do Triângulo Mineiro.

Na região Sul, as chuvas foram direcionadas principalmente para o sul do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, permitindo o desenvolvimento satisfatório das lavouras de feijão e milho segundo safras. Já no Norte, a alta pluviosidade beneficiou os cultivos de primeira e segunda safras, embora tenha causado atrasos pontuais na colheita de soja e milho verão.

Enquanto isso, o Nordeste enfrentou restrições hídricas em várias áreas, com chuvas irregulares e insuficientes para as necessidades dos cultivos de feijão e milho, especialmente no centro-sul e centro-norte da Bahia.

De maneira geral, as condições climáticas de abril foram favoráveis para o manejo e desenvolvimento das lavouras de segunda safra, assim como para a colheita das safras anteriores, especialmente durante a terceira semana do mês.