O Brasil deve buscar oportunidades na crescente tensão comercial entre Estados Unidos e China, segundo avaliação de um economista da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul. Ele ressalta que o país não deve entrar numa guerra comercial, mas sim se beneficiar dela.
A declaração surge em meio ao aumento das tarifas comerciais entre as duas potências. Recentemente, o presidente dos EUA anunciou incrementos adicionais de até 145% sobre produtos chineses, enquanto a China respondeu com tarifas de 125% sobre produtos americanos.
Potencial para exportações brasileiras
O especialista destaca que o agronegócio brasileiro foi favorecido durante o mandato anterior de Trump, o que ampliou sua participação no comércio internacional. No início da guerra comercial, o Brasil exportava 60 milhões de toneladas de soja, enquanto os EUA exportavam 55 milhões. Atualmente, essas cifras mudaram para 105 milhões de toneladas pelo Brasil e 45 milhões pelos EUA.
Estratégias coordenadas são essenciais
O economista alertou que o país deve se abster de tomar partido e focar em desenvolver estratégias comerciais em colaboração com a iniciativa privada. Ele defende a criação de mecanismos que facilitem a entrada de produtos brasileiros em mercados afetados pelas tensões comerciais. Além disso, advertiu sobre os riscos de aumentar a carga tributária, especialmente em tempos de desaceleração econômica global.
Na visão do especialista, o Brasil dispõe de boas oportunidades, desde que haja uma estratégia inteligente e serena na busca por esses mercados.