Protesto por justiça ocorreu na tarde de segunda-feira (14), no centro de São Paulo, em repúdio à morte de um ambulante senegalês. O homem foi baleado por um policial durante uma abordagem na região do Brás. A ação gerou indignação entre os manifestantes, que recorreram à caminhada para reivindicar justiça.
Os participantes se deslocaram da Praça da República até a prefeitura, onde uma equipe foi recebida por representantes do governo municipal. A manifestação contou com a presença de membros da comunidade senegalesa, incluindo um cônsul honorário, que expressou a necessidade de mudanças para evitar novas tragédias. A comunidade, que apresenta cerca de 3 mil integrantes em São Paulo, lamentou a recorrência de episódios de violência contra seus membros.
Violência policial
A coordenadora do Movimento Unido dos Camelôs criticou a abordagem policial, enfatizando que essa não é uma situação isolada. O ouvidor das Polícias do Estado de São Paulo também lamentou o episódio e destacou que o uso de câmeras corporais e armas não letais poderia evitar tais tragédias.
Ativistas e artistas presentes durante o ato levantaram questões sobre a forma como a sociedade brasileira recebe imigrantes, ressaltando que a violência contra africanos e seus descendentes deveria ser um tema de reflexão para todos.
Pedido por justiça
Enquanto um grupo de manifestantes era recebido na prefeitura, outros continuavam a gritar por justiça do lado de fora. Um amigo da vítima emocionou-se ao compartilhar sua vivência no dia do ato. Ele enfatizou que o assassinato não é um caso isolado e exige uma resposta da sociedade.
Repercussão
A ministra de Integração Africana do Senegal declarou que buscará explicações das autoridades brasileiras. A ONG Horizon Sans Frontières também condenou o ato, identificando-o como parte de uma preocupante tendência de violência contra cidadãos senegaleses no Brasil.
A Polícia Militar de São Paulo confirmou a abertura de uma investigação sobre o incidente e afastou o policial envolvido. A prefeitura, responsável pela operação no dia do ocorrido, ainda não se manifestou publicamente sobre a situação.