A identificação de restos mortais de duas pessoas desaparecidas durante o regime militar foi anunciada por uma comissão especial e uma universidade. Os dois indivíduos estavam entre aqueles que foram sepultados clandestinamente em uma vala no Cemitério Dom Bosco, na capital paulista.
Os reconhecimentos, feitos através de um projeto dedicado à busca porossadas, marcam um passo importante na busca por justiça e na reparação histórica. Ambos foram perseguidos por lutarem pela democracia e enfrentaram graves violências durante a ditadura.
Um dos identificaados, um militar da Marinha, foi preso em 1964 e muertos em 1972 ao tentar capturar uma aeronave. O outro, um trabalhador político de um movimento revolucionário, foi preso e executado pouco depois. Os trabalhos de identificação foram retomados recentemente, destacando a importância do reconhecimento das vítimas e o pedido de desculpas do governo federal pela negligência em relação a esse processo de identificação.
No dia seguinte ao anúncio das identidades, um ato público ocorrerá na cidade para celebrar a memória dessas vidas perdidas, que pode ser acompanhado por meio das plataformas digitais.
A vala clandestina, descoberta em investigações sobre homicídios de policiais, contém milhares de ossadas e continua sendo objeto de esforços para garantir a identificação de todas as vítimas.