A medalhista paralímpica Marieke Vervoort morreu aos 40 anos, nessa terça-feira (22), depois de passar por um processo de eutanásia na Suécia, onde o procedimento é legal desde 2012. Nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, a belga ganhou duas medalhas em provas de atletismo disputadas em cadeira de rodas. Ela recorreu à morte assistida por conta de uma doença muscular degenerativa e irreversível, a tetraplegia progressiva.

De acordo com o The Sun, Vervoort foi diagnosticada com a condição ainda aos 14 anos e foi perdendo os movimentos do corpo gradativamente. Ela estudava a possibilidade de passar pela eutanásia desde 2008, quando percebeu que as dores provocadas pela doença estava ficando piores.

“Quando chegar o momento em que tiver mais dias ruins do que bons, tenho meus documentos de eutanásia, mas o tempo ainda não está lá”, disse Vervoort quando questionada a respeito do procedimento. Em 2017, no entanto, ela afirmou que as dores estavam se tornando insuportáveis.

Na última postagem que fez no Instagram, Vervoort escreveu: “Não se pode esquecer as boas lembranças”. Nos comentários, internautas de diferentes partes do mundo desejam que ela descanse em paz e deixam mensagens positivas e de força.Nas primeiras horas desta quarta-feira, personalidades do esporte e até mesmo a Família Real da Bélgica se manifestaram por conta da morte de Vervoort. “Marieke Vervoort trouxe à tona o esporte para deficientes, graças as duas medalhas nos Jogos Paralímpicos de Londres, com as grandes atuações esportivas e a coragem diante da doença”, afirmou Marc Vergauwen, secretário-geral do Comitê Paralímpico Belga. Já a família real disse estar “profundamente triste” e aproveitou para expressar apoio aos familiares e amigos da atleta.