Um acidente aéreo deixou duas pessoas mortas na tarde desse
sábado (14) em Bom Despacho, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais.
Testemunhas contaram que a aeronave realizava manobras próximo ao aeroporto da
cidade, quando perdeu força e caiu. Um evento de acrobacias aéreas estava
programado, mas foi suspenso pelo Corpo de Bombeiros por falta de segurança. As
causas ainda serão investigadas.
O acidente aconteceu por volta das 16h40. Testemunhas que estavam no local informaram que o avião fazia manobras, como um looping, uma espécie de giro, quando perdeu potência e caiu. “Houve uma movimentação de aeronaves acima do normal no aeroporto de Bom Despacho, e tinha um avião, segundo as pessoas que estava no local, realizando manobras, apenas um. E esse seria o avião que caiu”, explicou o tenente Thales Gustavo de Oliveira Costa, Comandante do Posto Avançado do Corpo de Bombeiros de Bom Despacho. A matéria continua depois da publicidade.
A aeronave caiu em uma mata nas proximidades do aeroporto. O local é de difícil
acesso. “Após o acidente, fizemos o isolamento e combate a incêndio”, disse o
comandante. No avião estavam duas pessoas, elas morreram na hora.
No sábado, estava previsto o
evento Aerofest, onde aconteceria show de acrobacias de aviões e apresentação
de saltos de paraquedistas. Porém, acabou suspenso por falta de segurança. “O
evento não foi aprovado pelo Corpo de Bombeiros devido à falta de documentação,
e outras questões de segurança, necessárias para aprovação. Na sexta-feira, os
organizadores apresentaram um documento informando que o evento não aconteceria
mais. Hoje, não posso falar que ocorreu o evento. Mas, testemunhas contam que
uma aeronave fazia manobras”, afirmou o comandante.
Segundo o Corpo de Bombeiros, as causas do acidente ainda serão esclarecidas
após a perícia técnica.
A aeronave
O modelo envolvido no acidente é um Eagle II, fabricado pela empresa americana Christen. A aeronave, preparada para fazer acrobacias, tem capacidade para apenas duas pessoas, sendo o piloto e o passageiro. O avião envolvido na queda ostentava o prefixo PR-ZTE. Foi produzido em 1982 e adquirido pelo último proprietário no início de fevereiro de 2014. Sua situação na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) era regular, com o certificado de autorização de voo experimental expedido pelo órgão.
Outra queda
Em 2013, a cidade viveu um outro acidente aéreo que terminou em morte. Um
monomotor caiu em Bom Despacho em 17 de novembro, e matou o empresário e piloto
Álvaro Celso Nogueira D’Almeida, de 61 anos. O acidente ocorreu ainda nos
procedimentos de decolagem. Depois de atingir uma altura de 30 metros, a
aeronave perdeu sustentação e caiu de bico.
O monomotor modelo RV-6A (Acrobat), prefixo PU-MED, era pilotado por Álvaro,
que viajava sozinho em direção a Divinópolis, também na Região Centro-Oeste.