No ano em que a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) completa 60 anos de fundação em Araxá, na região do Alto Paranaíba, em Minas Gerais, o presidente da empresa, Tadeu Carneiro, usa o superlativo para traduzir o atual momento da empresa. “Estamos satisfeitíssimos com os 80% do mercado”, diz o executivo, referindo-se à liderança na produção mundial de nióbio. O produto é um elemento de liga que aumenta a resistência do aço. Paralelo a isso, Carneiro comanda um programa de adequação da unidade industrial que contempla investimento de R$ 1 bilhão em três anos.
As obras envolvem um novo lago de rejeitos, um pátio de homogeneização de minério – comissionado em 2014 – e, agora, a nova usina de concentração está sendo finalizada. “Depois, virão novas etapas de refino do concentrado, e, por fim, a conclusão do lago de rejeito”, detalha.
Como consequência das obras, Carneiro explica que a capacidade instalada da CBMM vai aumentar de 90 mil toneladas de ferro-nióbio por ano, para 150 mil toneladas/ano. “Existe uma confusão em achar que é uma expansão, num momento em que estamos andando de lado ou crescendo de 3% a 4%. Por isso, eu prefiro explicar como uma adequação da planta”, informa o executivo, sobre as obras em Araxá que terminam nos próximos dois a três anos.
Com 2.000 funcionários, sendo 1.900 deles em Araxá, Carneiro conta que a CBMM vai contratar mais gente, mas não tem ainda o número exato. “Isso ficará mais bem conhecido durante o comissionamento da planta”.
Preço. Diante da liderança mundial do mercado, Carneiro é prudente ao falar de preço. Com dez produtos diferentes para ferro-nióbio para siderurgia – o mais demandado –, Carneiro informa que o quilo do nióbio contido no ferro-nióbio custa cerca de US$ 45. “Enquanto o minério de ferro está a US$ 50 a tonelada, no nióbio, a ordem de grandeza é de US$ 45 mil a tonelada. Se falar em nióbio metálico, o preço já é maior”, explica.
Para Carneiro, o DNA da CBMM é investir continuamente em tecnologia para melhorar o rendimento e tirar mais das mais de 5 milhões de toneladas/ano de minério de ferro mineradas.
Fonte: O Tempo