Araxá/MG
07h57 12 Agosto 2020
Atualizada em 12/08/2020 às 11h27

Empresa de transporte de vans recebeu da Prefeitura mais de R$ 5 milhões em Araxá/MG

Por Priscila Pedroso - TV KZ
Portal Imbiara
Entrevista coletiva realizada na cidade de Araxá/MG

A empresa de transporte de vans que foi alvo de uma operação "Malebolge" desencadeada pela Polícia Civil (PC) nessa terça-feira (11) recebeu da Prefeitura de Araxá/MG mais de R$ 5 milhões em cerca de cinco anos de contrato.  

Na operação foram presas cinco pessoas, sendo a ex-secretária de governo, afastada para concorrer a cargo político e que atualmente ocupa cargo de assessora executiva, além do marido dela que ocupa o cargo de assessor da Secretaria de Ação e Promoção Social, um assessor da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento e um casal, sócios da empresa de vans. 

As investigações apontam desvios de recursos públicos decorrentes de simulação de documentos para liberação de verbas. 

Segundo o delegado Renato de Alcino, durante as investigações foi observado que em um mês a empresa percorreu quase 29 mil quilômetros, dos quais até o momento apresentam irregularidades. O que ainda de acordo com o delegado o volume percorrido é superior a estrutura da empresa.  

Alcino ainda ressaltou que existem fortes indícios de que parte desses recursos foram repassadas às pessoas presas na operação. Dos quais até o momento são os únicos suspeitos que a PC encontrou sinais de envolvimento com o esquema. 

As investigações começaram em meados de agosto de 2015, quando o então prefeito havia sido afastado, durante os desdobramentos decorreram 10 inquéritos policiais, sendo três instaurados neste ano. Desta forma, chegaram à empresa de transporte investigada atualmente.  

A PC deparou com crimes de lavagem de dinheiro, corrupção, falsidade ideológica, organização criminosa, entre outros. 

Foram bloqueadas as contas bancárias dos investigados, além de 16 imóveis, entre eles uma fazenda, adquiridos de forma suspeita. Também foram bloqueados 23 veículos e 20 foram apreendidos.  

Os valores e bens bloqueados totalizam cerca de R$ 2 milhões, até o momento. Conforme o delegado, o contrato o qual é investigado tem o valor aproximado de R$ 6 milhões. 

Participaram da operação 97 policiais civis, 32 viaturas, foram solicitados 10 mandados de busca e apreensão em imóveis rurais e urbanos, além de cinco mandados de prisão temporária de pessoas vinculadas ao executivo municipal e a empresa. 

VEJA TAMBÉM