O número de crianças infectadas com Covid-19 tem causado preocupação. Na última sexta-feira (12), em uma coletiva de imprensa a Prefeitura de Araxá/MG anunciou que o município já registrou desde o início da pandemia 870 crianças menores de 12 anos contaminadas com o novo coronavírus.

Em setembro do ano passado um bebê, de 10 meses, araxaense, morreu vítima da doença. As crianças infectadas já representam 13,18% dos casos totais registrados em Araxá, até o momento.

Surpresa a partir da informação apresentada pelo executivo, a população começou a compartilhar nas redes sociais parte do vídeo onde o prefeito de Araxá, Robson Magela, fala sobre a quantidade de crianças infectadas.

Durante a coletiva o prefeito fez o alerta “a doença não atinge apenas pessoas idosas, a Covid vai de A a Z”.

Em entrevista ao jornal O Globo a sanitarista e epidemiologista Carla Domingues, que esteve à frente do Programa Nacional de Imunizações (PNI) por oito anos (2011-2019), explicou por qual razão tantas crianças têm se infectado:

“Com a afrouxamento das medidas de distanciamento, crianças e jovens se expuseram mais e, por isso, um número maior deles foi infectado e parte adoeceu. Desde o fim do ano, o distanciamento social caiu drasticamente. Não é um problema de variantes, mas de matemática: com mais gente exposta, mais gente adoece, inclusive crianças e jovens. O maior número de crianças e jovens com Covid-19 é uma prova contundente da falta de política de distanciamento e do negacionismo de parte da sociedade, frisou Domingues”.