Um
vendedor ambulante de frutas se emocionou ao receber dinheiro da população de
Araxá, durante uma abordagem de fiscais nessa terça-feira (26). A cena foi
gravada por uma das pessoas que estava no local e viralizou na internet.
Os
servidores do Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável de Araxá
(IPDSA), recolheram as frutas que o vendedor oferecia de forma irregular no
Centro da cidade e colocaram em sacos. Moradores que passavam pelo calçadão da
Rua Presidente Olegário Maciel se mobilizaram e pagaram o vendedor, como forma
de ajudá-lo com o material que perdeu.
Por conta
do ato de solidariedade, Jonathan Franciel se emocionou. Na internet, o vídeo
da ação da população teve somente em uma postagem mais de 17 mil visualizações
e cerca de 600 compartilhamentos até a tarde dessa quarta-feira (27).
A reportagem do MGTV conversou com o Jonathan que saiu
de São Paulo para vender frutas em Minas Gerais. Ele contou estar ciente que
vendia a mercadoria sem alvará municipal e, após ter as frutas apreendidas,
entrou com pedido de regularização. Ele conta que não imaginava a reação dos
moradores de Araxá.
"Nem
tudo no mundo está perdido. Tem pessoas que sabem ajudar e querem o bem. Nunca
passei por essa experiência. Agradeço cada um que me ajudou. Não imaginei que
iam tirar dinheiro do bolso para me dar. A mercadoria que os fiscais levaram a
população me repôs financeiramente e ainda sobrou um trocado para comprar um
chinelinho", comemorou o rapaz.
No local onde ocorreu a fiscalização é comum encontrar
vendedores de lanches, frutas e outros tipos de material. De acordo com o
IPDSA, não há impedimento para o comércio ambulante em Araxá, porém, é preciso
atender algumas regras.
"A legislação do município de Araxá permite o comércio
ambulante, desde que o ambulante tenha o alvará da Prefeitura, que ele
comercialize o produto que consta no alvará e que ele se movimente ou seja, se
ele é um ambulante, ele não pode ficar em um ponto fixo, a menos que ele seja
protegido por lei, no caso de deficiência física, que permite que ele fique em
um ponto fixo", explicou o superintendente do instituto, Ricardo Manoel.