Na reunião ordinária ocorrida nesta terça-feira (3) na Câmara Municipal, os vereadores de Araxá debateram dois pedidos de abertura de comissão processante. Um que diz respeito à denúncia contra os vereadores afastados devido às suspeitas de compra e venda de apoio político e o pedido que inclui o prefeito Aracely de Paula na denúncia.
O regimento interno da Câmara determina que apenas uma comissão processante pode ser aberta ou arquivada por vez. Sendo assim, os vereadores optaram por votar primeiro se arquivaria ou julgaria a denúncia contra os vereadores afastados.
Por oito votos a seis os vereadores definiram que irão julgar o pedido de denúncia que diz respeito apenas aos vereadores. O pedido de comissão processante que inclui o prefeito de Araxá, Aracely de Paula, ficará arquivado até a avaliação do primeiro pedido.
Após a votação uma reunião extraordinária foi marcada para quinta-feira (5).
Entenda o caso
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) confirmou na quinta-feira (28) uma ação por improbidade administrativa contra o prefeito de Araxá, Aracely de Paula.
Aracely é acusado de participar do processo de corrupção, ativa e passiva, no esquema de compra e venda de apoio político na Câmara de Vereadores. Fato que deflagrou a prisão dos vereadores afastados Carlos Alberto Ferreira, (PDT), José Domingos Vaz (PDT), José Maria Lemos Júnior (DEM), Marcílio Faria (PT) e os ex-vereadores Miguel Júnior, Amilton Marcos Moreira, Eustáquio Pereira e de Francisco Fernando do Prado.
Em coletiva a imprensa, o promotor de Justiça, Marcus Paulo Queiroz Macêdo, falou sobre ação e afirmou que Aracely pressionou vereador para apoiar Miguel Junior na campanha para a reeleição dele como presidente do Legislativo.