Política
22h10 10 Abril 2025
Atualizada em 10/04/2025 às 22h10

Comissão internacional indígena vai participar de negociações da COP30

Por Redação TV KZ

Foi anunciada a criação de uma Comissão Internacional Indígena para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em novembro em Belém. A confirmação foi feita pelo governo federal e por organizações indígenas durante um ato no Acampamento Terra Livre, em Brasília. O evento, maior manifestação anual indígena do Brasil, chegou à sua 21ª edição.

A Comissão Internacional Indígena será presidida pela ministra dos Povos Indígenas e incluirá representantes de diversas entidades do movimento indígena. O objetivo principal é garantir a participação direta dos povos indígenas nas discussões sobre mudanças climáticas, destacando-se a importância dos territórios indígenas na conservação ambiental.

"Os territórios indígenas atuam como barreira contra a expansão de monoculturas e outras atividades que ameaçam a biodiversidade," ressaltou a ministra.

Os organizadores do Acampamento Terra Livre esperam reunir mais de 3 mil indígenas durante a COP30, que no total deve atrair mais de 50 mil pessoas. Propostas de ações climáticas também foram apresentadas, incluindo a demarcação de territórios e ações para proteção dos biomas.

Círculo dos Povos

A nova comissão integrará o Círculo dos Povos, iniciativa da presidência brasileira na COP30 que visa envolver a sociedade civil nas negociações climáticas. Isso possibilitará um canal direto entre os representantes indígenas e a cúpula da conferência.

"O Círculo dos Povos é crucial para fortalecer a relação entre a presidência da COP e os povos indígenas," disse a diretora-executiva da COP30.

Além do Círculo dos Povos, haverá grupos de incidência envolvendo ministros de finanças e ex-presidentes de edições anteriores da COP, com a intenção de criar um ambiente de diálogo amplo e inclusivo.

Marcha em Brasília

Na parte da tarde, uma marcha até a Esplanada dos Ministérios resultou em confrontos com as polícias legislativas, que reagiram com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo após a invasão do gramado do Congresso Nacional por um grupo de manifestantes. Apesar da confusão, a maioria dos participantes se dispersou de forma segura e voltou ao acampamento.

A Apib, organizadora do evento, enfatizou que a situação foi controlada rapidamente e que ações de repressão não representam o espírito pacífico do evento.

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