Campos Altos/MG
09h44 25 Abril 2025

PM de Meio Ambiente apreende 59 aves silvestres mantidas em cativeiro em condições precárias na zona rural de Campos Altos/MG

Por Marcelo The Back - TV KZ
PM MAmb - Divulgação
Apreensões feita pela Polícia Militar de Meio Ambiente (PM MAmb).

A Polícia Militar de Meio Ambiente (PM MAmb) de Ibiá/MG resgatou, nessa quinta-feira (24), 59 aves silvestres nativas que eram mantidas em cativeiro irregular e em condições insalubres na zona rural de Campos Altos/MG. A ocorrência foi registrada no Assentamento Santa Cecília, após uma denúncia anônima recebida pelo canal 181.

De acordo com a polícia, a denúncia atribuía a um morador de 40 anos a prática de caça e comercialização ilegal de aves silvestres. No local, a equipe policial encontrou três gaiolas penduradas na varanda da casa, todas com aves sem anilhas de identificação. Em uma das gaiolas, havia cinco pintassilgos (Sporophila lineola).

Durante a inspeção, outras gaiolas com aves silvestres foram localizadas em um barracão anexo à residência. Além disso, foram encontrados dois estilingues, um alçapão com comida e uma armadilha improvisada no lado externo. As gaiolas apresentavam acúmulo de fezes, restos de alimento e dimensões inadequadas, caracterizando maus-tratos aos animais.

As aves apreendidas, segundo a PM MAmb, pertencem a diferentes espécies nativas, entre elas: canário-da-terra-verdadeiro, pintassilgo-de-cabeça-preta, tico-tico-rei-cinza, tico-tico, tico-tico-de-bico-amarelo, trinca-ferro, azulão e sabiá-barranco.

Após avaliação clínica realizada por uma médica veterinária, foi constatado que os animais estavam em bom estado de saúde e com comportamento bravio, o que permitiu sua reintrodução imediata na natureza, conforme a legislação ambiental vigente.

As gaiolas, por serem poluentes, foram destruídas e descartadas em local apropriado, conforme previsto no Decreto Estadual nº 47.383/2018.

Na esfera criminal, a ocorrência configura, em tese, violação aos artigos 29 e 32 da Lei Federal nº 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais), referentes à manutenção ilegal de animais silvestres e maus-tratos. Também foi lavrado um auto de infração administrativa, conforme o mesmo decreto estadual.

As diligências continuam para localizar e responsabilizar o morador, que não estava no local no momento da fiscalização. Segundo a denúncia, havia também a suspeita de posse de arma de fogo, mas o fato não pôde ser verificado.

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