Uma operação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos de Minas Gerais (CIRA-MG), investiga um suposto esquema de sonegação fiscal, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, o qual há suspeita de envolvimento de um ex-prefeito de Perdizes/MG. A "Operação Highlander" foi deflagrada na manhã desta terça-feira (15) para cumprimento de nove mandados de busca e apreensão em Perdizes e Santa Juliana/MG. O nome do ex-prefeito investigado não foi divulgado pelas autoridades.
De acordo com o MPMG, o ex-prefeito é suspeito de ocultar um patrimônio milionário, com uma dívida tributária que chega a R$ 30 milhões. Ele também possui condenações patrimoniais em ações cíveis e criminais. Diversas pessoas ligadas ao ex-prefeito também são alvos da operação, todas suspeitas de participarem do complexo esquema.
Os mandados, expedidos pela Vara Única da Comarca de Perdizes, estão sendo cumpridos contra cinco pessoas físicas, duas empresas e duas propriedades rurais. O objetivo da operação é interromper o suposto esquema criminoso e aprofundar as investigações, com a apreensão e análise de documentos físicos e digitais. O Procedimento Investigatório Criminal (PIC) está em curso na Promotoria de Justiça de Perdizes, com apoio da Coordenadoria Regional de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet/Uberaba).
As investigações apontam, em tese, que o esquema incluiria simulação de compra e venda de gado, emissão de notas fiscais falsas e ocultação de patrimônio por meio de "laranjas". O ex-prefeito, ainda segundo o MPMG, mesmo com as dívidas e condenações, continua usufruindo de seu patrimônio e supostamente exercendo influência política em Perdizes, o que justifica o nome da operação, "Highlander", que faz referência a alguém que parece invencível.
A operação conta com a participação de 24 policiais militares, 28 auditores fiscais, um promotor de Justiça e servidores do MPMG.
CIRA-MG
O Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos foi criado em 2007 no Estado de Minas Gerais e tem como objetivos principais recuperar ativos, prevenir distorções de mercado e proteger a concorrência legal nos setores econômicos mineiros.
Por meio de articulações do CIRA, o MPMG, a Receita Estadual, as polícias Militar e Civil e a Advocacia-Geral do Estado, ao longo de 17 anos, recuperaram cerca de R$ 19 bilhões de ativos aos cofres públicos.
O vice-prefeito participou da ação que contou com servidores do Município e profissionais da empresa responsável pela coleta do lixo em Campos Altos.
Trecho segue interditado após derramamento de óleo vegetal; carreta e caminhão colidiram na manhã desta quarta-feira (2).
O Corpo de Bombeiros Militar (CBMMG) do Posto Avançado de Campos Altos apagou as chamas.
No decorrer da ação, um suspeito foi preso pelos crimes de receptação e posse ilegal de arma de fogo.