Agronegócios
15h10 23 Abril 2025
Atualizada em 23/04/2025 às 15h10

Agrogalaxy reverte lucro e tem prejuízo líquido ajustado de R$ 292,4 milhões

Por Equipe AE Fonte: Estadão Conteúdo

A Agrogalaxy, uma das maiores revendedoras de insumos agrícolas do País, teve prejuízo líquido ajustado de R$ 292,4 milhões no quarto trimestre de 2024, informou a companhia na terça-feira, 22, depois do fechamento do mercado. Em igual período do ano anterior, a empresa obteve lucro líquido ajustado de R$ 107,9 milhões.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou negativo em R$ 206,3 milhões. No quarto trimestre de 2023, a Agrogalaxy teve Ebitda ajustado de R$ 281,7 milhões. A receita líquida caiu 69,3% na mesma comparação, para R$ 741 milhões.

Em todo o ano de 2024, a receita somou R$ 4,612 bilhões, recuo de 50,9% em relação aos R$ 9,4 bilhões do ano anterior. O prejuízo líquido ajustado foi de R$ 2,48 bilhões em 2024, com o Ebitda ajustado negativo em R$ 1,62 bilhão. Em 2023, a empresa teve prejuízo líquido ajustado de R$ 334,5 milhões e Ebitda ajustado de R$ 342,2 milhões.

Apesar do resultado financeiro desfavorável, a empresa conseguiu fortalecer sua posição de caixa em 146%, passando de R$ 195 milhões ao fim do terceiro trimestre para R$ 480 milhões em dezembro. Esse ganho de liquidez foi obtido principalmente pela transformação de vendas a prazo em operações à vista e pelo estímulo para que agricultores antecipassem o pagamento de dívidas previstas para o primeiro trimestre de 2025.

A companhia também reduziu substancialmente suas despesas operacionais. Os gastos com vendas, administração e gerenciamento caíram 38% no quarto trimestre de 2024 ante igual período de 2023, passando de R$ 200 milhões para R$ 124 milhões. No ano, a redução foi de 17,3%, refletindo as medidas drásticas de corte de custos que incluíram o fechamento de metade das lojas e a demissão de 40% dos funcionários.

O plano de recuperação judicial da Agrogalaxy foi aprovado por ampla maioria (82,4% dos credores) em assembleia realizada no dia 10 de abril, com homologação judicial esperada para os próximos 30 dias. A empresa informou que, após esse processo, pretende focar na melhoria da qualidade da carteira de clientes, na eficiência de cobrança e na diversificação de áreas de atuação para regiões menos expostas a riscos climáticos.

No primeiro trimestre de 2025, a empresa também aprovou o grupamento de ações para adequação às regras da B3, que exigem preço mínimo de R$ 1 por papel. A medida visa criar um mercado secundário mais estável para as ações da companhia.

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