A Airbus concordou em adquirir algumas instalações da Spirit AeroSystems nos EUA, Europa e África que fabricam peças para seus aviões comerciais, como seções de fuselagem e outros componentes, buscando assumir o controle direto da produção na tentativa de estabilizar as cadeias de suprimentos após meses de interrupções.
A Spirit, que se separou da Boeing há cerca de duas décadas, esteve no centro de problemas de qualidade afetando os jatos 737 MAX. A Spirit fabricou a fuselagem envolvida no pouso de emergência da Alaska Airlines no ano passado.
O acordo com a Airbus ocorre meses após a Boeing fechar uma aquisição de US$ 4,7 bilhões da Spirit AeroSystems, incluindo a maioria das operações comerciais da Boeing, além de atividades em defesa e pós-venda.
O CEO da Airbus, Guillaume Faury, informou aos acionistas que os desafios na cadeia de suprimentos, especialmente com a Spirit, afetaram os planos de aumentar a produção dos aviões A220 e A350. Como resultado, a entrada em serviço da versão cargueira do A350 foi adiada de 2026 para o segundo semestre de 2027.
Agora, a Airbus espera que o controle direto sobre várias fábricas da Spirit ajude a estabilizar o fornecimento de peças essenciais para seus jatos. As empresas preveem concluir a transação no terceiro trimestre.
A Airbus receberá US$ 439 milhões pela aquisição, valor revisado em relação aos US$ 559 milhões inicialmente previstos. Também fornecerá US$ 200 milhões em linhas de crédito à Spirit para apoiar seus próprios programas de aeronaves comerciais. Fonte: Dow Jones Newswires.