Economia
13h40 16 Abril 2025
Atualizada em 16/04/2025 às 13h40

Bolsas da Europa fecham em alta, mas incertezas sobre tarifas fazem ASML cair 5%

Por Poliana Santos, especial para a AE Fonte: Estadão Conteúdo

As bolsas europeias encerraram o pregão desta quarta-feira, 16, em alta, impulsionadas pela desaceleração da inflação anual ao consumidor no Reino Unido e na zona do euro. Contudo, a sessão foi marcada por volatilidade.

Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,32%, fechando aos 8.275,60 pontos. O CAC 40, em Paris, recuou 0,07%, aos 7.329,97 pontos, enquanto o Ibex 35, em Madri, ganhou 0,49%, aos 12.942,10 pontos. O PSI 20, de Lisboa, teve alta de 0,59%, aos 6.745,91 pontos, alcançando a máxima do dia. Em Milão, o FTSE MIB subiu 0,62%, a 36.067,57 pontos, e o DAX, da Bolsa de Frankfurt, avançou 0,27%, a 21.311,02 pontos, ambos também na máxima do dia. Os dados são preliminares.

O desempenho das bolsas foi sustentado pelos dados econômicos europeus. Porém, a incerteza sobre a direção das tarifas comerciais dos EUA seguiu no radar.

A ASML, fabricante holandesa de chips, divulgou resultados de encomendas trimestrais abaixo das expectativas e alertou que as tarifas ampliam as incertezas sobre suas perspectivas para este e o próximo ano. Em Amsterdã, suas ações caíram 5,2%.

O comissário europeu de Democracia, Justiça, Estado de Direito e Defesa do Consumidor, Michael McGrath, afirmou nesta quarta que a União Europeia (UE) precisa se preparar para mais tarifas americanas. Mais cedo, o embaixador da China na Espanha, Yao Jing, declarou que Pequim deseja uma parceria com a UE, criticando as tarifas como "abuso econômico".

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou na terça-feira que poderá pedir aos países que escolham entre "China ou EUA", intensificando a guerra comercial entre as duas maiores potências econômicas.

No cenário macroeconômico, especialistas acreditam que o Banco Central Europeu (BCE) deve reduzir os juros de 2,50% para 2,25% na reunião da quinta-feira, 17, em resposta aos riscos desinflacionários na zona do euro, exacerbados pelas tarifas aplicadas pelos EUA sobre importados.

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