A alta da maioria dos índices de ações em Nova York e do petróleo estimula o Ibovespa, que chegou a subir 0,83%, na máxima intradia aos 133.316,37 pontos. No entanto, a virada para baixo nos papéis da Petrobras pesa e o principal indicador da B3 arrefeceu para o nível dos 132 mil pontos na manhã desta quinta-feira, 24.
O petróleo sobe, mas perdeu potência. Neste cenário, aumenta o impasse em relação aos preços da gasolina vendida pela Petrobras, dado que o petróleo, Brent, referência para a estatal, acumulam queda de cerca de 11% em abril e de quase 11% em 2025.
Segundo o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus, segue no radar pressão para corte nos preços da gasolina da Petrobras. "Há um impasse. Então, investidores não conseguem comemorar essa alta do petróleo de hoje", avalia.
Às 11h17, o Ibovespa subia 0,47%, aos 132.848,37 pontos. Petrobras cedia 1,28% (PN) e 2,05% (ON). Já Vale subia 1,05%, de olho em medidas chinesas.
Na abertura, o Índice Bovespa abriu aos 1332.245,05 pontos, em alta de 0,01%, ante mínima aos 132.223,46 pontos (alta de 0,01%).
"Ontem teve um dia muito positivo. É fluxo, não tem nada de relevante. Investidores tentam diversificar e buscam proteção neste momento de elevada incerteza por contas da guerra comercial entre China e Estados Unidos", diz Pedro Moreira, sócio da One Investimentos.
Na quarta, o Ibovespa encerrou com valorização de 1,34%, aos 132.216,07 pontos, na maior marca desde o final de março, em meio a sinais de alívio relacionados à política tarifária de Donald Trump.
Apesar de a cautela estar de volta hoje após alívio ontem com falas amenas do presidente norte-americano, Donald Trump, de que consideraria reduzir tarifas sobre as importações chinesas, em uma tentativa de aliviar as tensões comerciais com Pequim, e em relação ao Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), as bolsas norte-americanas sobem. Sobre eventuais negociações, a China negou.
Conforme pontua em nota Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria, além da volatilidade, as idas e vindas do presidente geram um sentimento de imprevisibilidade e desgaste entre os agentes, que não se sentem encorajados a adotarem posicionamentos mais firmes.
Em dia de agenda de indicadores esvaziada no Brasil, investidores monitoram a participação de diretores do Banco Central em eventos diante da preocupação do presidente do BC, Gabriel Galípolo, com a disseminação da inflação brasileira. No exterior, saíram dados de atividades dos EUA como os de encomendas de bens duráveis, pedidos de auxílio-desemprego e vendas de moradias usadas.
Ainda sairão os resultados trimestrais de Alphabet, Intel. Aqui, Vale é destaque após o fechamento da B3.
Mais cedo, a Usiminas informou que saiu de prejuízo para lucro líquido de R$ 337 milhões no primeiro trimestre de 2025, o que representa alta de 845% em relação ao mesmo período de 2024. O resultado ficou 28,2% acima do previsto pelo Prévias Broadcast. Ainda assim, as ações cedem em torno de 3,00%.