O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) votou nesta segunda-feira (14) para manter a decisão que impede o depoimento da influenciadora na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets no Senado.

A oitiva estava agendada para a última quinta-feira (10), mas não ocorreu devido a uma decisão judicial recente. O ministro entendeu que a influenciadora está sendo investigada pela Polícia Civil de Pernambuco, o que a desqualifica como testemunha, conforme a definição da CPI.

Com essa decisão, a influenciadora pode se recusar a comparecer à CPI sem autoincriminar-se. Após a liminar, a CPI recorreu ao Supremo, e o julgamento virtual começou nesta segunda. Até agora, apenas o voto do ministro foi computado, reafirmando sua posição de que as funções de investigado e testemunha não podem coexistir no mesmo caso.

"Ressalto que as posições de investigado e testemunha não podem se reunir em uma única pessoa no mesmo contexto investigatório", afirmou o ministro.

Os votos dos ministros Gilmar Mendes, Edson Fachin e Nunes Marques ainda estão pendentes, enquanto Dias Toffoli se declarou suspeito. A votação será encerrada amanhã (15), às 23h59.

No ano passado, o mesmo ministro já havia barrado o depoimento da influenciadora em uma CPI ligada à manipulação de jogos e apostas esportivas. Ela está sendo investigada pela Operação Integration, que aponta a criação de um site de apostas como parte de um esquema de lavagem de dinheiro de aproximadamente R$ 3 bilhões. A influenciadora nega as acusações.