O Ministério das Relações Exteriores do Irã divulgou nesta segunda-feira, 28, um comunicado condenando "fortemente" os recentes bombardeios dos Estados Unidos no Iêmen, que atingiram civis e deixaram mais de 100 mortos e feridos. O porta-voz da pasta, Esmail Baqaei, classificou os ataques como "crimes de guerra", ressaltando que alvos civis e infraestruturas vitais foram atingidos.
"O Irã condena fortemente os bombardeios dos EUA na noite passada em diferentes partes do Iêmen, incluindo um campo de migrantes africanos na província de Saada, que matou e feriu mais de 100 pessoas inocentes", afirmou Baqaei. Ele acrescentou que os "ataques contínuos dos EUA contra alvos civis, infraestruturas vitais e residências em várias regiões do Iêmen, que resultaram na morte de centenas de inocentes, constituem um crime de guerra".
Baqaei também criticou o que chamou de "silêncio e indiferença" da Organização das Nações Unidas (ONU) e de organizações de direitos humanos diante da "violação flagrante da lei internacional e da soberania do Iêmen". O porta-voz associou os bombardeios a um "plano sinistro" do regime israelense para "destruir e enfraquecer países muçulmanos e desestabilizar toda a região do Oeste Asiático".
O comunicado ainda vinculou a situação no Iêmen ao conflito em Gaza, acusando EUA e Israel de promoverem uma estratégia conjunta de repressão. "O genocídio em curso pelo regime sionista na Palestina ocupada e sua agressão contra o Líbano fazem parte da mesma agenda", disse Baqaei.