Os Estados Unidos devem firmar um acordo com a China e com os demais países afetados pelas tarifas recíprocas anunciadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, na semana passada. A sinalização foi feita pelo próprio republicano durante coletiva de imprensa na Casa Branca nesta quarta-feira, 9. Segundo ele, o governo chinês está disposto a negociar as sobretaxas, mas "ainda não sabem como começar" as conversas.
"Quero acordos justos para todos. Nada está terminado ainda", declarou Trump.
Ele afirmou que "as pessoas estavam saindo da linha, por isso pausei as tarifas", mas destacou que a suspensão das taxas será temporária. "Reverti as taxas só por um curto período de tempo", disse, defendendo que é preciso certa "flexibilidade" nas decisões.
O presidente voltou a afirmar que a economia dos EUA não seria "sustentável" sem a imposição de tarifas a produtos importados. "Eu apenas apertei o gatilho. Joe Biden já deveria ter feito isso há muito tempo", provocou.
Trump avaliou ainda que os efeitos da medida estão sendo mais rápidos do que o previsto. "Acho que tudo está funcionando mais rápido do que eu imaginava. Nós estamos em uma transição para virarmos um país ainda melhor", disse. De acordo com ele, após a aplicação das tarifas, montadoras e fabricantes de semicondutores têm se deslocado "de maneira muito rápida" para os Estados Unidos.
O republicano também mencionou, de forma breve, que considera "insustentável" para a Apple continuar fabricando grande parte de seus iPhones na China. Ele insinuou que a produção deveria ser transferida para o território americano. Além disso, afirmou que pretende "analisar isenção de algumas empresas americanas com o tempo", para mitigar eventuais impactos das tarifas.
Antes da coletiva, Trump conversava com aliados e demonstrava aparente satisfação com a recuperação do mercado acionário dos EUA.
Na fala à imprensa, destacou que "o mercado de títulos está lindo agora", em referência à reação positiva após o anúncio de flexibilização tarifária.