As três maiores empresas da Europa, HSBC, Adidas e Porsche, alertaram os impactos negativos das políticas comerciais e tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como potenciais entraves para os lucros, ao divulgarem seus balanços nesta terça-feira, 29.
O banco britânico citou, em documento oficial, que houve um aumento da perda de crédito esperada no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período em 2024, dada uma maior incerteza e deterioração nas perspectivas econômicas futuras por conta das tensões geopolíticas e tarifas comerciais mais altas. O HSBC também acredita que o cenário pode afetar a demanda por empréstimos.
Na mesma direção, o CEO da marca esportiva alemã, Bjorn Gulden, mencionou que em "um mundo normal" a empresa teria aumentado o guidance para o ano inteiro, mas a incerteza em relação às tarifas americana interrompeu o comportamento. "Embora já tivéssemos reduzido ao mínimo as exportações da China para os EUA, estamos de certa forma expostos às tarifas atualmente muito altas", disse ao pontuar um possível aumento de preços nos produtos da Adidas.
A montadora de luxo da Alemanha, por sua vez, reduziu sua projeção, citando a queda nas entregas na China, bem como as tarifas norte-americanas.
Outra fabricante de automóveis europeia, a Volvo também disse estar "vulnerável às tarifas" e enfatizou que o setor "está no meio de um período muito difícil com desafios nunca antes vistos".